Você sente dor e não sabe de onde ela vem? Pode estar na fáscia — e a solução pode estar na fisioterapia pélvica.
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Você sente dor e não sabe de onde ela vem? Pode estar na fáscia — e a solução pode estar na fisioterapia pélvica.

Por Maryéla Mourão – Fisioterapeuta Pélvica A dor silenciosa tem endereço certo: o assoalho pélvico. E o mais curioso é que muitos homens e mulheres convivem com desconfortos íntimos diariamente sem imaginar que existe uma solução — e que ela passa, literalmente, pelas mãos de uma fisioterapeuta especializada. Antes de tudo, é preciso entender o […]

Por admin 16/06/2025 - Atualizado em 16/06/2025


Por Maryéla Mourão – Fisioterapeuta Pélvica

A dor silenciosa tem endereço certo: o assoalho pélvico. E o mais curioso é que muitos homens e mulheres convivem com desconfortos íntimos diariamente sem imaginar que existe uma solução — e que ela passa, literalmente, pelas mãos de uma fisioterapeuta especializada.

Antes de tudo, é preciso entender o papel da fáscia. Esse tecido fino reveste nossos músculos, órgãos e nervos. Quando ele sofre retrações — por traumas, cirurgias, inflamações ou até má postura — pode gerar aderências, que funcionam como cicatrizes internas. O resultado? Órgãos que deixam de se mover livremente, causando dor, pressão e alterações que os exames muitas vezes não explicam.

E aí entram sintomas que parecem não ter ligação entre si, mas têm uma causa comum. Já sentiu:
• Ardência ao urinar, mesmo sem infecção?
• Dor nas relações, especialmente aquela mais profunda, como se algo estivesse “batendo” no útero?
• Constipação que não melhora, mesmo com alimentação saudável?
• Sensação de bexiga cheia o tempo todo?
• Ressecamento vaginal sem causa hormonal?
• Dificuldade de ereção ou ejaculação precoce persistente?
• E até dificuldades para engravidar, especialmente em casos associados à endometriose?

Esses são sinais de alerta que o corpo envia. A boa notícia é que a fisioterapia pélvica com liberação miofascial pode tratar todas essas condições de forma natural e precisa.

Nesta semana, por exemplo, iniciei o tratamento de quatro pacientes com dificuldades para engravidar relacionadas à endometriose. Cada história é única, mas todas compartilham um ponto em comum: a esperança de reencontrar o equilíbrio do próprio corpo — e de realizar o sonho da maternidade com mais leveza e menos dor.

Na minha prática clínica, vejo diariamente pacientes que já passaram por vários especialistas, com pilhas de exames normais, mas que seguem sofrendo. Com avaliação minuciosa e técnicas manuais profundas, conseguimos liberar as tensões e restaurar o equilíbrio dessa região tão delicada e fundamental para a qualidade de vida.

A fisioterapia pélvica é ciência, é sensibilidade e é cuidado. E mais do que tratar a dor, ela traz de volta o conforto, a autoestima e o bem-estar. Costumo dizer que meu papel como fisioterapeuta é trazer solução onde só havia silêncio e sofrimento.

Se você se identificou com algum dos sintomas que mencionei, saiba: você não está sozinho (a), e há caminho possível — com empatia, escuta, técnica e toque consciente.

Maryéla N. Mourão
Fisioterapeuta Pélvica
Graduação em Fisioterapia (UNIPAMPA) e Serviço Social (UFSM)
Pós-graduada em Fisioterapia Pélvica e Obstétrica
Certificada em Liberação Miofascial aplicada às dores genitais
Especialista em disfunções sexuais, urinárias e anorretais

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