Estudo aponta sintoma de Alzheimer que pode aparecer aos 40 anos
Pesquisa indica que pessoas com risco aumentado para o Alzheimer apresentam um sinal precoce de declínio cognitivo Recente pesquisa conduzida por médicos britânicos revelou que sinais precoces de Alzheimer podem surgir em indivíduos a partir dos 40 anos, décadas antes dos sintomas mais comuns como perda de memória se manifestarem. O estudo, realizado pelo University […]
Por admin 27/08/2024 - Atualizado em 01/11/2024
Pesquisa indica que pessoas com risco aumentado para o Alzheimer apresentam um sinal precoce de declínio cognitivo
Recente pesquisa conduzida por médicos britânicos revelou que sinais precoces de Alzheimer podem surgir em indivíduos a partir dos 40 anos, décadas antes dos sintomas mais comuns como perda de memória se manifestarem. O estudo, realizado pelo University College London, aponta que dificuldades na navegação espacial podem ser um dos primeiros indicativos da doença, detectáveis até 20 anos antes da idade média em que os sintomas mais evidentes geralmente começam.
Publicada na revista Alzheimer & Dementia, a pesquisa envolveu cerca de cem voluntários entre 43 e 66 anos. Utilizando óculos de realidade virtual, os participantes foram desafiados a navegar por um labirinto virtual, permitindo que os cientistas avaliassem sua capacidade de geolocalização.
Metade dos voluntários possuía um risco genético aumentado de desenvolver Alzheimer devido à presença do gene APOE4, associado ao declínio cognitivo. Os resultados indicaram que aqueles com o gene APOE4 apresentaram desempenho significativamente inferior nas tarefas de navegação, apesar de resultados cognitivos semelhantes em outros testes.
A neurocientista Coco Newton, líder do estudo, explicou: “Nossos resultados sugerem que déficits na navegação espacial podem surgir muitos anos, ou mesmo décadas, antes de outros sintomas se manifestarem.”
Os pesquisadores observaram também uma diferença de gênero significativa, com homens portadores do gene APOE4 apresentando desempenho ainda mais comprometido. A pesquisa pode potencialmente contribuir para o desenvolvimento de exames que permitam a detecção precoce e eficaz do Alzheimer, possibilitando tratamentos que retardem seu progresso.
“Certo medicamentos têm mostrado capacidade de retardar a doença se administrados precocemente, então diagnosticar o Alzheimer mais cedo pode significar melhores resultados no tratamento no futuro”, concluiu Coco.