Competências para exercer liderança em gestão escolar
Cada vez mais, as organizações necessitam de determinados perfis de liderança para garantir resultados e permanência no mercado onde atuam. No que diz respeito à gestão de organizações escolares, cabe apresentar algumas características de perfis de liderança, fruto da dissertação que apresentei como requisito para obtenção do grau de especialista em Gestão Escolar pela PUCRS. […]
Por admin 28/03/2025 - Atualizado em 28/03/2025
Cada vez mais, as organizações necessitam de determinados perfis de liderança para garantir resultados e permanência no mercado onde atuam. No que diz respeito à gestão de organizações escolares, cabe apresentar algumas características de perfis de liderança, fruto da dissertação que apresentei como requisito para obtenção do grau de especialista em Gestão Escolar pela PUCRS.
Tratar as pessoas com humanidade: implica em demonstrar profundo respeito e compreensão pelos sentimentos das pessoas. Saber identificar as potencialidades dos colaboradores e ajudá-los a superar suas limitações, promovendo crescimento pessoal e profissional, oferecendo suporte, apoio, desafiando-os ao auto aperfeiçoamento, colocando-se ao lado deles, e não acima.
Competência técnica e conhecimento da realidade: ter conhecimento conceitual sobre como gerir pessoas e processos. Estudar continuamente e buscar desenvolver as competências essenciais que a função exige. É necessário debruçar-se sobre a realidade da instituição para conhecer bem a sua matriz SWOT (Forças e Fraquezas, Ameaças e Oportunidades), compreender a cultura do lugar para fazer intervenções adequadas, sem se distanciar das necessidades e interesses da comunidade educativa.
Iniciativa e visão estratégica: vislumbrar o que precisa ser feito, antecipar-se aos problemas e necessidades da organização, apresentando propostas, projetos e soluções. Focar no propósito de otimizar desempenhos e resultados, elevando o nível de satisfação das pessoas.
Flexibilidade e adaptação às mudanças: abrir-se para novas ideias, incorporando inovações na cultura e na estrutura da organização, a fim de mantê-la capaz de responder às necessidades e exigências do seu entorno.
Orientação para resultados: propor e coordenar ações com vistas a melhorias nas estratégias e processos, elevando a performance. Exige sabedoria e habilidade para estimular o crescimento individual e coletivo, em um ambiente colaborativo e não competitivo.
Formação permanente: promover situações e vivências para o desenvolvimento pessoal e profissional, tanto seu quanto de seus colaboradores. O investimento no potencial humano resulta na satisfação das pessoas, na melhoria do desempenho e influencia fortemente os resultados, o clima e a imagem organizacional.
Trabalho em equipe: impulsionar relações de cooperação entre as pessoas. Conhecer os dons de cada membro da equipe para delegar funções, tarefas e projetos de acordo com os talentos específicos, valorizando as contribuições que cada um pode dar para o alcance dos objetivos.
Atitude empreendedora: ter visão estratégica, antever cenários futuros e oportunidades que contribuam para melhorar o posicionamento da organização no mercado. Exige criatividade para propor novas demandas e criar ofertas que atendam à evolução e às transformações do contexto socioeducacional.
Comunicação efetiva e afetiva: a forma como o gestor se comunica constitui um diferencial decisivo para criar motivação e engajamento das pessoas. Essa comunicação deve ser vista como uma política estratégica de relações humanas.
Muitos dos conflitos que emergem nas relações interpessoais têm suas raízes em uma má comunicação. Acolhimento, escuta atenta, clareza e transparência nas informações, além de prontidão para resolver problemas, são fundamentais.
Resolver conflitos: ter diplomacia, habilidade de negociação, sensibilidade e empatia para compreender os sentimentos que motivam as ações dos outros. Demonstrar controle emocional é essencial para lidar bem com o medo, a insegurança, a frustração e as agressividades que eventualmente surjam nos espaços de convivência.
Essas são competências essenciais para o exercício da liderança em um contexto educacional e têm implicações consideráveis sobre o modo de agir e reagir das pessoas, bem como sobre os resultados da organização.