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Dra. Maria Cornejo A médica que defende que a saúde vai além da medicina tradicional
Conheça a Medicina Funcional Integrativa e seus princípios Atuante há 14 anos na área da saúde, a médica e nutróloga Maria del Carmen Cornejo La Torre, 40 anos, conta como descobriu a Medicina Funcional Integrativa ao enfrentar uma doença e como a experiência a fez mudar sua forma de enxergar os tratamentos que aplicava aos […]
Por admin 29/01/2025 - Atualizado em 29/01/2025
Conheça a Medicina Funcional Integrativa e seus princípios
Atuante há 14 anos na área da saúde, a médica e nutróloga Maria del Carmen Cornejo La Torre, 40 anos, conta como descobriu a Medicina Funcional Integrativa ao enfrentar uma doença e como a experiência a fez mudar sua forma de enxergar os tratamentos que aplicava aos pacientes. Maria é formada pela Escola Latino-Americana de Medicina, em Cuba, e pós-graduada em Nutrologia pela Unimed.
Natural de Huancabamba, no Peru, ela conta que aprendeu com os pais a servir ao próximo e decidiu transformar isso na sua profissão. Há 12 anos, ela mora no Rio Grande do Sul, sendo os últimos quatro anos na cidade de Uruguaiana. Atualmente, faz pós-graduação em Medicina Funcional Integrativa pela Faculdade Nova Saúde e Microbiota e Saúde Intestinal pela Regenera, na Espanha.
Por que escolheu ser médica? O que significa a profissão para você? Sempre quis ajudar as pessoas a viverem melhor. A medicina é uma missão de cuidado, e para mim, representa a chance de transformar vidas. Desde pequena, vi meus pais ajudarem as pessoas de forma genuína e desinteressada. Minha mãe, dona do lar, sempre acolhia pessoas que desciam da serra, oferecendo água, café ou comida, e meu pai, professor, incentivava o compartilhamento mesmo quando não tínhamos muito. O ditado “onde comem dois, comem três” era constante em nossa casa. Cresci vendo essas pessoas voltarem agradecidas, trazendo o que podiam em retribuição, como leite, queijo ou chás. Esse ambiente de generosidade e cuidado despertou em mim a vontade de ajudar o próximo. Saí de casa aos 15 anos com o sonho de estudar e ajudar minha família e meus irmãos mais novos. Ser médica é uma extensão desse desejo de servir.
Quando começou sua relação com a medicina funcional integrativa?
Há cerca de 5 anos, ao enfrentar uma trombose, possivelmente causada pelo uso de anticoncepcionais, comecei a buscar maneiras de tratar a causa dos problemas de saúde, e não apenas os sintomas. Foi aí que descobri a medicina funcional integrativa, que me mostrou o quanto somos pequenos e únicos em um universo grandioso. Desde então, essa abordagem me apaixona e me guia a cada dia no cuidado com meus pacientes. Foi quando percebi que a medicina convencional, por si só, não estava abordando as raízes dos problemas de saúde dos meus pacientes.
O que é medicina funcional integrativa e como ela difere da medicina tradicional?
A medicina funcional integrativa trata o paciente de forma holística, buscando as causas dos problemas e não apenas os sintomas. Já a medicina tradicional tende a ser mais focada no tratamento de doenças isoladas.
Quais são os principais benefícios da medicina funcional integrativa e como eles são aplicados no dia a dia de seus pacientes?
Os principais benefícios são a personalização do cuidado e a prevenção. No dia a dia, isso significa trabalhar com hábitos alimentares, sono, controle do estresse e suplementação, visando o equilíbrio total do corpo.
Considera que o equilíbrio entre corpo e mente influencia na prevenção e tratamento de doenças?
Com certeza! O corpo e a mente estão interligados. O estresse, por exemplo, pode desencadear inflamações no corpo. Trabalhar ambos ajuda a prevenir e tratar doenças de maneira mais eficaz.
A medicina funcional integrativa pode ajudar pessoas com problemas crônicos, como diabetes, hipertensão ou obesidade?
Sim, pois busca a raiz dessas condições e foca em ajustar o estilo de vida e hábitos alimentares, melhorando a qualidade de vida e controle dos sintomas.
De que maneira os hábitos alimentares impactam a saúde física e mental? O que você recomenda aos pacientes?
Os hábitos alimentares impactam diretamente no metabolismo, na energia e no humor. Recomendo uma alimentação equilibrada, rica em nutrientes e com foco na individualidade de cada paciente.
Pode compartilhar um exemplo de transformação significativa que você viu em um paciente que seguiu seus protocolos?
Certa vez, um paciente que estava perto de desenvolver diabetes tipo 2 conseguiu reverter seu quadro de pré-diabetes e perder 15 quilos com mudanças na alimentação, suplementação e acompanhamento emocional.
Por que a prevenção é um dos pontos centrais na prática e como ela pode evitar problemas graves no futuro?
Prevenir significa agir antes que o problema se agrave. Através de pequenas mudanças, como ajustes alimentares e manejo do estresse, evitamos complicações futuras como doenças crônicas.
Que tipo de mudanças no estilo de vida você recomenda para quem quer começar a cuidar melhor da saúde?
Dormir bem, manter uma alimentação balanceada, praticar atividades físicas e cuidar da saúde mental são os primeiros passos para uma vida mais saudável.
Como a saúde emocional e os relacionamentos influenciam na resposta ao tratamento integrativo?
Relacionamentos e saúde emocional afetam diretamente o equilíbrio hormonal e o nível de estresse. Pacientes com suporte emocional positivo respondem melhor aos tratamentos.
O que você acredita ser o futuro da medicina funcional integrativa e como ela pode revolucionar o cuidado com a saúde?
Acredito que o futuro da medicina será mais preventivo e personalizado, com foco no indivíduo como um todo. A medicina funcional integrativa já está revolucionando o modo como tratamos doenças, pois busca a cura pela raiz.
