O PAPEL DA ESCOLA NA LUTA CONTRA O BULLYING
*Por Marisa Crivelaro da Silva A cada novo ano letivo que inicia, as forças das instituições escolares mobilizam-se para criar estratégias diferenciadas que resultem em melhores alternativas para combater o comportamento nefasto do bullying que, comumente, instala-se onde existe movimento de coletividade. E como a escola é espaço de convivência de um coletivo, os riscos […]
Por admin 05/11/2024 - Atualizado em 05/11/2024
*Por Marisa Crivelaro da Silva
A cada novo ano letivo que inicia, as forças das instituições escolares mobilizam-se para criar estratégias diferenciadas que resultem em melhores alternativas para combater o comportamento nefasto do bullying que, comumente, instala-se onde existe movimento de coletividade. E como a escola é espaço de convivência de um coletivo, os riscos dessa prática acontecer são potencializados.
Uma nova lei está em vigor, a Lei 14.811/2024 e trouxe avanços significativos para proteger crianças e adolescentes contra esse mal que afeta a saúde mental de tantos e é considerado como violência psicológica. O que tem de diferente nessa lei? Traz medidas mais rigorosas para punir quem faz uso dessa prática discriminatória que é o Bullying e o cyberbullying.
Conforme dados de pesquisa do IBGE sobre saúde escolar, mais de 40% dos estudantes brasileiros são vítimas de bullying no ambiente escolar. Esse dado serve como um alerta para, além de se realizar um trabalho efetivo de conscientização nas escolas sobre a nova lei que trata o bullying como prática criminosa, há que se trabalhar fortemente para se desenvolver competências socioemocionais como sensibilidade com a dor do outro, sentimento de empatia que é uma prática de simulação, de “vestir a pele do outro”, trocar de papel com o outro e perceber como uma “brincadeirinha”, como dizem comumente que é, pode causar dor, sofrimento mental. O Evangelho de Mateus 7:12 é orientativo nesse sentido: “Portanto, tudo o que vocês querem que os outros façam a vocês, façam também vocês a eles”.
Outra frente de trabalho das escolas é atuar em parceria com famílias e órgãos públicos. É preciso criar estratégias para conquistar o engajamento das famílias a fim de que se unam aos esforços das equipes escolares e que as direções busquem uma atuação conjunta com as instituições do conselho tutelar e da Promotoria da Infância e Juventude, que são órgãos específicos de proteção à criança e ao adolescente e de apoio ao trabalho das instituições escolares.
Bullying não é brincadeira! É crime! É preciso agir para prevenir.